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Discurso do Almirante Gouveia e Melo ao Corpo de Fuzileiros

A ler, reler e assimilar com atenção e respeito. Uma ode à liderança, ao que significa servir a nação, aos valores e à decência humana.

"Tenho os Fuzileiros como a Força de elite da Marinha", afirmou, recordando as missões que partilhou com eles "braço com braço" nos submarinos e na fragata que comandou, bem como nos incêndios de Pedrógão Grande em 2017.


"Conheço o vosso profissionalismo, as vossas qualidades militares, sei da vossa generosidade e dedicação, mas hoje tenho que vir aqui partilhar o que sinto convosco, na sequência de desacatos que resultaram no falecimento do Agente da PSP Fábio Guerra, na madrugada do último sábado. Quando penso em coragem penso naquela coragem que não se exibe, naquela entrega que os militares fazem motivados pelo sentido do dever e de lealdade à Pátria, de uma coragem firme, constante e sempre discreta. Ver Fuzileiros envolvidos em desacatos e em rixas de rua, não demonstra qualquer tipo de coragem militar, mas sim fraqueza, falta de autodomínio, e uma necessidade de afirmação fútil e sem sentido.


"Digo-vos enquanto comandante da Marinha que se não conseguirem ser isso mesmo, lobos na selva, mas cordeiros em casa, então não passamos de um bando violento, sem ética e valores militares, sem o verdadeiro domínio de nós próprios e, se assim for, não merecemos a farda que envergamos, nem os 400 anos de história dos Fuzileiros", afirmou o chefe da Armada.


Disse que quer os seus militares corajosos "no mar, nas selvas, nos desertos, nas praias, quando o inimigo nos flagela", mas não "em pistas de discotecas, em rixas de rua e em disputas de gangues."


Gouveia e Melo disse aos fuzileiros que a Pátria que defendem é o território, o povo e as leis, "mas acima de tudo a decência humana". " Não será certamente espancar os nossos cidadãos em resultado de uma qualquer ofensa idiota e sem sentido, ou fazer das rixas um qualquer modo de diversão, ou afirmação", alertou.


Os militares não podem ser "movidos pelo ódio, pela raiva" e nos valores militares "não há espaço para o desprezo pela vida alheia", nem para "crueldade."


"Quando vejo alguém a pontapear um ser caído no chão, vejo um inimigo de todos nós, dos seres decentes, vejo um selvagem, vejo o ódio materializado e cego, vejo acima de tudo um verdadeiro covarde", acusou Gouveia e Melo.


"Devemos ser nobres nos nossos atos", pediu, e não "cavaleiros das trevas portando dentro de nós o mais baixo da alma humana".


"Os acontecimentos do último sábado já mancharam as nossas fardas independentemente do que vier a ser apurado. O ataque selvático, desproporcional e despropositado não pode ter desculpas e justificações nos nossos valores, pois fere o nosso juramento de defender a nossa Pátria. O Agente Fábio Guerra era a nossa pátria, a PSP e as Forças de Segurança são a nossa Pátria e nela todos os nossos cidadãos", expressou.


"Hoje vai a enterrar o Agente da PSP Fábio Guerra. Estou profundamente triste", disse o almirante, confidenciando que "quando telefonei à família para lhes dar os meus pêsames não sabia o que dizer, não sabia como justificar, como explicar, só uma profunda tristeza e um nó na garganta que me sufocava as palavras". Foi uma "morte sem sentido", em cujos eventos "estavam dois homens sob o meu comando". "Não consegui dizer nada mais que prometer justiça e lutar para que não voltasse a acontecer".


"Teria sido muito mais fácil e consolador poder ter dito que os meus homens tinham defendido o agente caído na rua, não permitindo que alguém o tivesse agredido cobardemente, já inanimado", disse aos fuzileiros.


"Agora é tempo de acreditarmos na justiça, ajudando a que ela se realize nas instâncias adequadas, de modo a sabermos realmente o que aconteceu, evitando a justiça mediática, ou popular, mas intransigente com a realidade e connosco próprios, pois o que está em causa numa primeira fase será o direito à defesa dos acusados, o direito à presunção de inocência destes até prova em contrário, mas acima de tudo o direito à verdade e justiça para com a morte do Agente Fábio Guerra, para com a sua família e para com a sociedade", alertou Gouveia e Melo.


"Camaradas, enquanto vosso comandante quero dizer-vos de forma muito clara: Não quero arruaceiros na Marinha; Não quero bravatas fúteis, mas verdadeira coragem, física e moral; Não quero militares sem valores, sem verdadeira dedicação à Pátria. Nós somos os guerreiros da Luz e não das trevas! Quem não agir e sentir isto que parta e nos deixe honrar a nossa farda".


Qual é a sua velocidade de leitura?

Vídeos

Alberto Manguel

“Ler é sempre um ato de poder. E é uma das razões pelas quais o leitor é temido em quase todas as sociedades”, começa assim o escritor argentino Alberto Manguel este vídeo, em tom de manifesto, a favor da leitura.

Manguel leva-nos numa viagem pela história da capacidade de ler – e da liberdade de ler – e convida-nos para uma grande reflexão sobre fronteiras, identidade, poder e literatura.


Meu amigo Nietzsche

Um hino à leitura.


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Cartas de amor

Literatura Agora de 24 Mar 2015 RTP